Vídeo mostra momento em que presos saem das celas; polícia investiga facilitação 244j38

Texto: Luciano Tavares
Quarta-feira, 26 de julho. O relógio marcava 11h03. Era hora de almoço no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Um policial penal a de cela em cela entregando marmitas. Segundos após, um detento sai de uma das celas, aborda outro preso e sai às pressas pelo corredor. É o que mostra um vídeo encaminhado ao Notícias da Hora. As imagens são apenas um pequeno fragmento do material que serve como objeto de investigação da Polícia Civil para saber como e de que forma os detentos do presídio tiveram o à sala de armas para depois promoverem um massacre na unidade.
A rebelião durou mais de 24 horas. Começou na quarta-feira no final da manhã e encerrou na quinta-feira.
Policiais penais foram feitos reféns e cinco presos, líderes da facção criminosa Bonde dos 13, foram mortos, três deles decapitados, segundo a polícia. Um policial penal foi atingido com um tiro de raspão no rosto. Após a presença do promotor de Justiça Tales Tranin e do advogado Romano Gouveia, da Comissão de Direito Criminal da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre, os presos resolveram encerrar o motim.
Um dia após o massacre no presídio, o diretor-geral de Polícia Civil, delegado Henrique Maciel, falou em instauração de inquéritos.
“Após toda aquela situação, a rendição dos presos, a Polícia Civil entrou em campo para iniciar os trabalhos periciais. Foram instaurados dois inquéritos policiais ainda no presídio. Um para apurar a dinâmica do que aconteceu, do que causou essas mortes, e outro para tratar da dinâmica, de como tudo se iniciou no presídio. O trabalho da perícia é de grande importância para entendermos como tudo aconteceu, é primordial para esses casos”, ressaltou.